O Brasil encerrou bem sua participação no Mundial Paraolímpico de Atletismo, na Nova Zelândia. A competição que começou no dia 22 terminou ontem e contou com a participação de mais de mil atletas de 75 países. Na pista do Estádio Queen Elizabeth II Park, os brasileiros conquistaram 12 medalhas de ouro, 10 de prata e oito de bronze. “O resultado foi além do que esperávamos. Tínhamos a meta de ficar entre os dez e ficamos entre os três. Todos os atletas que convocamos, vieram com chances reais de medalha e prova disso é que dos 24 que participaram das disputas, 19 subiram ao pódio”, analisou o presidente do Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB), Andrew Parsons.
As últimas medalhas conquistadas foram a prata do brasiliense Tito Sena, 43 anos, e o bronze do baiano Ozivam Bomfin, 35, na maratona (42km) que encerrou a competição. A prova foi decidida nos últimos quilômetros, o que tornou o pódio brasileiro ainda mais emocionante. “O crescimento técnico em relação ao último Mundial e às Paraolimpíadas foi grande. Isso é fruto da nossa estratégia de trazer um número menor de atletas. Assim conseguiríamos prepará-los melhor e teríamos maior qualidade. O Brasil é hoje uma das potências do Esporte Paraolímpico. Agora, todo mundo quer nos superar. Por isso precisamos aumentar a base de medalhistas. Temos que consolidar algumas provas e investir na renovação”, explicou o diretor técnico do CPB, Edílson Rocha Tubiba.
Agora a meta de todos é o Parapan-Americano em novembro, em Guadalajara (México). “Queremos repetir o resultado que conseguimos em 2007, no Rio de Janeiro, quando ficamos em primeiro lugar. Os recursos para a preparação são limitados e tentamos nos adaptar, firmar novas parcerias, conseguir novos patrocínios para conseguirmos. Necessitamos de R$ 70 milhões e temos apenas R$ 30mi. Nesse ano receberemos R$ 8mi a mais, mas ainda assim não será suficiente”, lamentou Parsons.
Brasil no Mundial
O país terminou a competição na terceira posição do quadro geral, com 30 medalhas. Atrás da China (21 ouros, 22 pratas e 15 bronzes) e Rússia (18 ouros, 11 pratas e seis bronzes) e á frente da Grã Bretanha (12 ouros, nove pratas e 17 bronzes). Confira as medalhas conquistadas em oito dias de competição:
– 12 de ouro: Odair dos Santos (1.500m, 5.000m e 10.000m T11); Terezinha Guilhermina (200m, 100m e 400m T11); Lucas Prado (100m, 200m e 400m T11); Yohansson Nascimento (100m T46); Shirlene Coelho (lançamento de dardo F47) e revezamento 4 x 100m T11-13 (Ádria dos Santos, Jerusa Santos, Ana Tércia e Terezinha Guilhermina)
– 10 de prata: Paulo Douglas (lançamento de dardo F35); Jerusa Santos (200m e 100m T11); Yohansson Ferreira (200m T45); Jonathan Santos (lançamento de disco F40); André Oliveira (salto em distância T44); Daniel Silva (200m e 400m T11); Carlos Bartô Siva (800m T11) e Tito Sena (maratona T46)
– 8 de bronze: Daniel Silva (100m T11); Édson Pinheiro (100m T38); Shirlene Coelho (arremesso de peso F37); João Santos (lançamento de disco F46); Ádria dos Santos (400m T11); Alan Fonteles (100m T44); revezamento 4 x 100m T42-46 (André Oliveira, Yohansson Nascimento, Emicarlo Souza e Alan Fonteles) e Ozivam Bonfim (maratona T46)
Quem são eles
Nome: Ozivam Bonfim
Nascimento: 12/4/1975 — em Jacobina (BA)
Altura: 1,75m
Peso: 72kg
Classe: T46 (amputado)
Prova: maratona
Principal conquista: bronze nos 5.000m na Paraolimpíada de Atenas (2004) e bronze no Mundial de Atletismo em Christchurch (2011)
Nome: Tito Sena
Nascimento: 6/2/1967 — em Brasília (DF)
Altura: 1,67m
Peso: 61kg
Classe: T46 (amputado)
Prova: maratona
Principal conquista: prata nos 5.000m na Paraolimpíada de Pequim (2008) e prata no Mundial de Atletismo em Christchurch (2011)
Saiba mais sobre nosso esporte Para Olímpico
Projeto Bem Te Vejo 